quinta-feira, 4 de março de 2010

DOM JOÃO BRAZ DE AVIZ, UM ARCEBISPO PRA LÁ DE DEM

Gente, para alguns uma surpresa. Pra mim, eu já sabia.
O tal bispo Dom João Braz de Aviz, quando passou por Ponta Grossa foi o senhor paladino da moralidade, de todos os bons princípios e costumes. Se uniu com parte do lado podre da elite da cidade e comandou um tal “Ética e Cidadania”, com uma única intenção: A de me atacar e atrapalhar o meu governo.
O bispo fez de tudo, até chegou a lavar as escadas da Prefeitura, tudo em nome da moral e da ética.
No dia em que dei um depoimento ao Ministério Público, lá estava ele novamente em frente à Prefeitura. De Plantão! Quando me disseram que ele estava lá embaixo, solicitei ao promotor que o convidasse para ouvir meu depoimento. Em seguida, veio a resposta que não iria subir.
Enfim, o sujeito comandou meia dúzia de gatos pingados e de alguns recalcados da política da cidade em muitas reuniões por vários locais de Ponta Grossa.
Na verdade, nem sabia o que estava fazendo. Fez tanta política que se esqueceu de cuidar da igreja, que, naquela época, viveu os maiores escândalos da sua história, como monges envolvidos com pedofilia, padre namorando na sacristia e, mais tarde, abandonando a batina pra casar com beata.
E, qual a contribuição que aquele bispo deu à Igreja? Como comandante dela na cidade e região, o “seu” João Braz caiu no ridículo, aparecendo em charges políticas, arranhando a imagem da Igreja, que não merecia passar por isso.
Quando o Vaticano percebeu o que estava acontecendo, resolveu promover o tal bispo, a bem das tradições católicas, e o mandou, já na condição de arcebispo, para a cidade de Maringá. Mais tarde foi mandado para comandar a arquidiocese de Brasília.
Aí, sim, torcemos para o seu sucesso, pois nós, e toda Ponta Grossa, imaginamos que aquele paladino da moralidade fizesse um “estrago” na Capital Federal, denunciando a corrupção, lavando os corredores do Congresso, lutando pela Ética e pela Cidadania.
Nada fez. Pelo menos, nada fez, até o final de fevereiro deste ano, quando surpreendeu, não somente a nós, mas ao Brasil inteiro.
O tal religioso, que ficou quieto, acabou virando amigo de alguns políticos, tipo José Arruda, a quem visitou na cadeia. Foi um dos poucos depois do escândalo. Lá recomendou cautela e respeito ao ser humano Arruda, e ainda deixou entender que a fita onde aparece Arruda pode não ser verdadeira. Justo ele que foi “fantástico” em relação a uma outra fita, que ficou provado que não era verdadeira.
Mas para terminar, antes de sair da cadeia, rezou e abençoou Arruda. Afinal, é seu velho amigo do poder. Por isso, quem é da elite sempre haverá de servi-la, para defendê-la.
E eu, o que penso de tudo isso? Sinceramente, não sei o que dizer, ou melhor, sei sim: Não sou um exemplar religioso, mas aprendi, na escola que estudei, que era das irmãs servas do Espírito Santo, que devemos sempre perdoar. E Cristo também nos deixou esta mensagem, perdão faz bem. Da minha parte, esteja perdoado Dom João Braz de Aviz.

*Jocelito Canto é radialista e deputado estadual

2 comentários:

Zezo disse...

"Da minha parte, esteja perdoado Dom João Braz de Aviz."

Após conceder o perdão (via rádio ou artigo publicado na imprensa) vai ficar "muito chato" se o nobre deputado Jocelito Canto voltar a tecer comentários contra Dom João!
+_+

Augusto disse...

nossa, tive que rir com essa versão da história...
quem sabe quem é Jocelito Canto sabe do que estou falando, lamento o projeto "ficha limpa" hein sr. Deputado...

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